No seguimento das ideias que se foram afirmando a partir do final de Antigo Regime, o associativismo emergiu como uma solução, real ou percecionada, para o almejado desenvolvimento económico e social. As associações, como resposta à fragilidade individual e como meio de agrupar esforços comuns, ganharam crescente expressão na Europa e na América ao longo do século XIX. Nesta sessão propomos que se debata o impacto do associativismo na ruralidade do espaço ibérico mediterrânico, desde a criação das primeiras associações até à atualidade. Tratando-se de um território com condições relativamente homogéneas, tanto do ponto de vista geoclimático como socioeconómico, privilegiam-se as investigações que procurem perceber qual o contributo das associações para o desenvolvimento económico e a difusão de ideias e de práticas agrícolas inovadoras, para a organização do setor tornando-o interlocutor junto do poder político, para a adoção reformas sociais, entre outros aspetos igualmente relevantes. Tendo em atenção o espaço de análise definido torna-se igualmente interessante uma perspetiva comparativa, com incidência sobre as similitudes e diferenças da dinâmica associativa decorrentes dos quadros legal e institucional vigentes em Espanha e em Portugal.